Orí
Uma das mais importantes divindades na compreensão das crenças yorubás é ori.
Ori é o guia de cada um e de todos para o sucesso neste mundo e também no outro(céu-orun). Ori é o orixá supremo que somente se abaixa para olodumare(DEUS).
Muitas pessoas neste país envolvidas nesta religião, não tem conhecimento de ori. E uma pessoa sem cabeça é uma pessoa sem direção.
Devemos notar que a cabeça é a primeira a entrar neste mundo, e é o recipiente ou residência de todas as escolhas.
As pessoas de boas cabeças são chamadas de (ori rêrê) e pessoas de cabeças ruins são chamadas de (ori burukú). Existem pessoas que nascem com ori rêrê e outras nascem com ori buruku.
Existem formas no culto de ori de transformação, de um ori buruku em ori rêrê.
Para vida longa e sucesso ori tem que estar em irê sempre.
Existem ainda pessoas com falta de conhecimento que consideram yemanjá como mãe das cabeças, isso é um grande equívoco porque num gbori ori é o orixá de estrema supremacia, então mortifica a idéia de yemanjá ser mãe das cabeças.
Então referente ao culto de ori não existe mãe das cabeças, até porque ori é o reflexo de olodumare, para o alinhamento de cada indivíduo.
Como diz o itan ifá, ninguém criou ori, ori criou tudo. Ou seja ori é o líder de tudo.
O culto a ori é extremamente masculino, com um toque feminino apenas na hora do ejé que pertence as yamins.
Ifá avisa que todo bom ori possui sempre um bom orixá, mas todo mal ori possui sempre um mal orixá, e isso se refere ao ancestral de qualquer pessoa.
Por isso quando o ori de uma pessoa é orirêrê admiramos espíritos trabalhadores, conselheiros, favoráveis e respeitadores.
Mas quando se deparamos com pessoas de ori buruku, nessas cabeças se manifestam espíritos zombeteiros, falsos, mentirosos, enganadores, vingativos e imorais levando o descendente a se perder de várias maneiras e com eles chegam a levar várias pessoas para o mesmo caminho.
Asé ooo
Ifájenbolá