Oxum
Oxum vem do iorubá, Osun, Oshun ou Ochun.
Na cultura yorubá, Oxum é uma Yabá (orixá feminina) que reina sobre as águas doces, rios e cachoeiras. É a deusa do rio Oxum, que fica no Sudoeste da Nigéria.
Oxum é considerada a deusa do amor, da beleza, da fertilidade, do dinheiro, do ouro e das pedras preciosas.
Está ligada às riquezas espirituais e materiais da vida, da sensibilidade, da sabedoria, do jogo de Búzios e do empoderamento feminino.
Oxum é cultuada como rainha da nação ijexá. Tem o título de Iyálodê: a grande mãe entre os orixás.
Deusa da beleza, Oxum é a Orixá do amor, da fertilidade e da maternidade.
É responsável pela proteção dos fetos e das crianças recém-nascidas, e por isso, é muito adorada pelas mulheres que desejam engravidar.
Segundo as histórias Oxum é filha de Iemanjá e Oxalá. A segunda esposa de Xangô, junto a Oba e Iansã.
De a cordo com vários mitos, Oxalá viveu também com Ogum, Exu, Orunmilá e Oxossi.
Oxum é a orixá do rio de mesmo nome que corre na Nigéria, em Ijexá e Ijebu.
Diz a lenda que era comum que os Orixás masculinos se reunirem para discutir assuntos sobre a humanidade. Oxum sempre achou isso muito injusto, pois sabia que tinha sabedoria e poder o suficiente para opinar sobre as questões dos homens. Mesmo insistindo nunca conseguiu espaço para se expressar…
Como última escolha, decidiu usar a sua astúcia: como não existiam homens sem a gestação das mulheres, Oxum tirou a graça da fertilidade de todas.
Notando que algo de errado estava acontecendo no planeta Terra, os Orixás masculinos decidiram consultar Olorum (pais dos Orixás), que revelou o que Oxum havia feito.
Como somente ela poderia resolver essa questão, eles a convidaram para participar das reuniões. Desde então, Oxum sempre está presente nos acordos e decisões da humanidade, que voltou a se multiplicar!
Esta história nos remete ao momento atual, onde as mulheres cada vez mais, estudam e trabalham em profissões que antes eram exclusivamente masculinas. Bem como, participam das decisões politicas para o bem da humanidade!
A mitologia Yorubá também mostra que as mulheres que vivem como reféns da beleza, perdem o poder de articular solidariamente, favorecendo o poder dos homens sobre elas.
Com a incapacidade de se articular, reunir e firmar como irmandade, as mulheres passam a ser inimigas (o que só ajuda os homens a manter a supremacia, reforçando o sexismo, o patriarcado e o machismo).
A grande mãe do amor e da fertilidade. Sua energia é de uma jovem princesa, cercada de ouro e abundância. A doçura e amorosidade é sua marca, por isso é comum que seus filhos sejam chorões e muito vaidosos. Seus domínios são as cachoeiras e os rios. Oxum representa a beleza, a juventude, a vaidade e a plenitude do amor. Por isso, costuma ser solicitada para resolver problemas amorosos e financeiros.
Na mitologia Iorubá, Oxum é filha de Iemanjá com Orunmilá (o advinho) e é uma das esposas de Xangô, além de Iansã e Obá. Foi criada com muito mimo e cheia de vontades pelo seu pai. É uma Orixá belíssima e muito sedutora. Seduziu Xangô, a quem entregou tudo que tinha para obter o seu amor. Os Itãs (histórias) contam que ela queria muito aprender os segredos de Ifá e seu pai Orumnilá lhe negou. Até que ela conseguiu seduzir Exu, com quem se deitou e aprendeu todos os mistérios do oráculo. Por isso, Oxum detém o conhecimento de Ifá. Seu nome deriva do Rio Osun, na Nigéria.
No sincretismo religioso, Oxum representa diversas “Nossa Senhoras”, a exemplo de Nossa Senhora Aparecida, para os baianos e Nossa Senhora da Conceição para os paulistanos e cariocas. Ambas representam a figura da Virgem Maria, santa e pura, como o coração de Oxum. Nossa Senhora Aparecida é a padroeira do Brasil e seu dia, 12 de outubro, é feriado nacional. Nossa Senhora da Imaculada Conceição é celebrada dia 08 de dezembro, também sincretizada com Iemanjá.